19 de dezembro de 2009

Te amo, I love you, Ich liebe dich, Je t'aime, 愛しています, Я тебя люблю, T'estimo, Unë të dua, أنا أحبك, Volim te, איך האָב דיך ליב, Ti amo.

Falei “te amo” pouquíssimas vezes. Será que sou pão dura? Seletiva? Ou o famoso “osso duro de roer”? Não sei. As vezes em que eu falei “te amo” me sentia muito segura. Mas segura de mim ou segura do outro? De ambos! Esquisito não? O que o outro tem haver com um sentimento meu? Segurança? Como assim?
Que tipo de “segurança” a outra pessoa pode me passar? O acolhimento.

Reciprocidade? Sim, mas em termos.
Vou tentar explicar melhor: prefiro falar esta frase para quem está aberto para recebê-la. Ou seja, para quem parece já ter amado e, portanto reconhece a delicadeza deste sentimento.
Desconsiderando as pessoas extremamente centradas no próprio umbigo, acredito que com o mínimo de sensibilidade é possível perceber a abertura ou não do outro para esse tipo de partilha.
Mas abertura para o quê? Para falar a verdade não sei. Para mim não corresponde a nenhum tipo de comprometimento com o que quer que seja, mas um momento de intimidade, cumplicidade. Se não sinto essa correspondência não falo. O que não quer dizer que não sinta. Significa apenas que essa partilha não será explicitada verbalmente. Mesmo porque antes do "eu te amo” chegar na boca ele já percorreu todo o meu corpo e o corpo do outro.

OBS: esse post foi incentivado por Cesar Miranda
http://protensao.apostos.com/2009/08/27/eu-te-amo/