19 de janeiro de 2009

O inconsciente da minha sala de estar

"Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares"
André Breaton - Manifesto do Surrealismo (1924)


La Femme Penchée - Max Ernst (1891-1976)


Nem todas as paredes da minha sala de estar são brancas, mas em cada uma elas têm pelo menos um quadro. Alguns são presentes, outros foram comprados mesmo. Outro dia reparei que a grande maioria deles é de artistas surrealistas: viva a imaginação, os sonhos, a loucura e tudo o que o consciente não é capaz de captar! Lógica, que lógica cara pálida? Razão, para quê?

O esquisito é que eu tenho muita dificuldade de lembrar os meus sonhos. Tanto que meu ex-analista ficava com os olhos brilhando quando eu chegava com algum. Acho que ele sentia um prazer frugal em ouvi-los, mas creio que muitas vezes devo ter decepcionado, tadinho. Hoje eu sei que meus sonhos estão presos na minha sala de estar....


Ainda bem que a janela é grande! E tem uma natureza linda me chamando lá fora.....

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