16 de agosto de 2009

Trust

A confiança é o correlato emocional do amor primário, condição sine qua non da experiência de unidade ou continuidade do self consigo e com o mundo. O impulso para confiar é o que conduz o sujeito a criar um espaço de interação com os objetos, no qual unidade e alteridade, eu e outro, individualidade e dualidade, coexistem sem ruptura, mas também sem fusão. Balint e Winnicott convergem ao supor que “tanto o bebê quanto o adulto capazes de relaxar e de não-integrar-se conhecem existencialmente a experiência de confiar e de sentir-se a salvo”. A não-integração como o amor primário se encontra, portanto, intimamente ligada à experiência de confiança, pressuposto psíquico do sentimento de continuidade da existência.

Pedro Salém e Jurandir Freire Costa
(extraído do artigo "Sobre a confiança em Balint" - Revista Textura (2003))

Um comentário:

Anônimo disse...

Nat... como vc anda produtiva!!! rsrs... beijos!
Ro