8 de novembro de 2009

Juntos somos fortes, somos flecha e somos arco

Enquanto cúmplices não podiam abandonar-se assim... E todos aqueles crimes que cometeram? A flecha rasgava a carne dos dois. Famintos e com o corpo rijo sentiam-se prontos para o ataque. Os olhos vivos não queriam apagar o grande assalto que fizeram ao mundo. Riam do próprio riso fácil.

Precisavam confiar no implausível: da respiração ofegante à insegurança brutal. Das alturas podiam cair, mas falar não. Nem sob tortura! Eles não precisavam de palavras, eram também cúmplices em seus silêncios.

Noites e noites em claro pensando em rotas de fuga, túneis secretos e quebra de sistemas de segurança. Tudo para chegar ao outro lado, onde diante do cofre arrombado jubilaríam-se extasiados perante a quebra do grande taboo.

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